segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

“Vai ser o maior ano da história da Volkswagen do Brasil”

O presidente da filial da montadora, Thomas Schmall, ao adiantar 
um balanço de 2012. As vendas, de janeiro até outubro, passaram 
de 635 mil unidades,   volume 11% maior que em igual período do 
ano passado.















A fabricante já    comemora o 26º ano consecutivo do Gol como o carro 
mais vendido do Brasil, estima que fechará o ano com 850 mil unidades 
produzidas, superando o   recorde de 2011,    e também chega à marca 
de 3 milhões de unidades exportadas desde 1970.
Em 2013,   quando vai completar    60 anos no país, o principal foco de  
investimento   da   Volkswagen será em produtos,     destacou Schmall.   
O Brasil é o segundo maior mercado   da marca     VW no mundo, atrás 
apenas da China,e o terceiro para o     Grupo Volkswagen     (que inclui 
marcas como a Audi). 
Até 2016, a montadora pretende investir R$ 8,7 bilhões no país.

Mas o executivo alemão não quis adiantar que novidades chegarão às 
lojas no ano 2013. “Não vou confirmar nenhuma fábrica com [novo] 
produto hoje”, disse, ao ser perguntado sobre a produção do novo 
compacto esperado para 2013 ou 2014, que deverá se basear no Up!, 
lançado no ano passado na Europa.

Mais modelos de entrada

Schmall, no entanto, reafirmou que a montadora pretende aumentar 
a oferta de modelos de entrada, os carros mais baratos.     Mas disse 
que ainda não está certo se, para isso,  usará apenas uma fábrica ou 
se    serão    necessárias   duas.   “Depende do mercado”, respondeu,
referindo-se ao volume de vendas.
Apesar de a Volkswagen  não confirmar,  Taubaté, no interior de SP, é 
uma das fábricas   cotadas para   receber o futuro compacto, pois tem 
recebido constantes investimentos da montadora. Foi lá que, em 2011, 
ao anunciar     uma    nova área de pintura para essa unidade, Schmall 
declarou que a VW pretendia fazer um carro no Brasil com preço inferior 
ao do Gol G4    (Geração 4, anterior à do Novo Gol, atualmente o carro 
mais barato da VW no país).


















Com a área de pintura modernizada, que o   executivo descreve como 
a mais avançada da montadora no Brasil,   Taubaté terá a capacidade 
de produção aumentada de 1.000 para 1.300 carros por dia. Ela poderá 
“até ser duplicada”, disse Schmall, sempre ponderando: “se o mercado 
pedir”. Lá são produzidos atualmente o Voyage e o Novo Gol.

Gol em primeiro
Até o último dia 27, o Gol teve emplacadas 260,7 mil unidades neste ano, 
 considerando as vendas do G4 e do Novo Gol, segundo a fabricante. Assim, 
ele segue no          topo do   ranking de vendas     com certa tranquilidade, 
com 26,8 mil unidades de vantagem sobre o Fiat Uno,  vice-líder, ainda de 
acordo com a VW.     O número de vendas do Uno considera   o Novo Uno e 
o Mille. “O Novo Gol, sozinho,   tem a mesma participação de mercado que 
o segundo colocado com dois modelos”, disse Schmall. O Gol também 
é o modelo mais exportado do Brasil,correspondendo a um terço das vendas 
da marca para o exterior. Ele chegou a 66 países.

Taigun e Kombi

Schmall também não deu detalhes da chegada do Taigun, SUV mostrado pela 
primeira vez para o mundo no Salão de São Paulo, em outubro passado. 
Como a   montadora já    havia afirmado  no evento, ele, que apareceu como 
um conceito, entrará em produção.   Porém, ainda que a VW chame o Taigun 
de “tributo ao Brasil”,  ela ainda não confirma se o carro será fabricado aqui 
ou em outro país e nem quando será lançado.

















O que já é certo é o início das vendas do Novo Fusca (nova geração do Beetle), 
do Tiguan com o pacote “esportivo” R-Line e do cupê CC.
Questionado sobre o provável encerramento da produção da Kombi, o presidente 
da VW do Brasil despistou.        “Estamos produzindo 120 unidades por dia, posso 
aumentar mais dois turnos”, disse. A questão, porém, é como manter o modelo a 
partir de 2014,  quando passar a ser    obrigatório    que veículos novos   saiam de 
fábrica com airbag duplo e freios ABS.

Schmall diz que pode até ser possível adaptar esses equipamentos à Kombi, mas
não se sabe se o custo compensa.       E já admite que a montadora planeja uma 
sucessora: “Trabalhamos fortemente para manter um modelo similar. 
Temos um plano B”, disse. No entanto, a ideia não é lançar a “nova Kombi”: 
Ela é um filho único, não vai haver uma segunda Kombi.”
Paraná ‘volta ao jogo’


















O executivo também falou sobre a fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, 
que, no ano passado, amargou   uma greve que     provocou a falta de versões 
do Fox em várias cidades. Agora a Volkswagen diz       ter conseguido aprovar, 
junto aos funcionários, um     “contrato de competitividade”,    que, segundo 
Schmall, permite um   “futuro planejado” e uma noção melhor    do custo da 
produção de cada carro     produzido ali –que passa, é claro, pelo que é pago 
pela mão de obra.

Ele afirmou que o contrato promove mais flexibilidade na fábrica localizada em 
um estado marcado por disputas entre   o sindicato e as montadoras –a Renault 
também tem fábrica lá. “Curitiba voltou de novo para o jogo”, resumiu Schmall.
Agora a planta também é cotada para    receber investimentos, pois já opera no  
limite da capacidade, o que, ocasionalmente, gera fila de espera pelo Fox.

O mesmo acordo foi fechado com os funcionários de Taubaté e de São Bernardo 
do Campo, no ABC paulista, onde fica a sede da VW. “Ele vale até 2016”, 
disse o executivo.


Fonte: g1.globo.com/carros

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